TÍTULO: PARÂMETROS ASTROFÍSICOS DE AGLOMERADOS GLOBULARES
PALESTRANTE: Fabíola Campos
LOCAL: Anfieatro Antônio Cabral (IF-UFRGS); 23/03/2012 (6a.f); às 13h45
RESUMO: A determinação da distância ao centro da Galáxia encontrada por Bonatto et al. (2006)
tem um valor consideravelmente menor em relação à determinações anteriores, (7.2±0.3) kpc.
Uma das últimas determinações desta distância foi realizada por Ghez et al. (2008) estudando
o período da órbita da estrela SO-2 em torno do buraco negro central, eles encontraram uma
distância ao centro de (8.4±0.4) kpc. O valor determinado por Bonatto et al. (2006) tem uma
incerteza sistemática pois, para determinarem a distância absoluta, eles utilizaram o valor
médio da extinção total para seletiva RV=3.1±0.05 (Wegner 1993), o que insere uma incerteza
muito grande, pois o valor de RV varia de ~1.6 à ~6.9 (Ducati, Ribeiro & Rembold, 2003).
Pretendemos utilizar o método desenvolvido por Ducati, Ribeiro & Rembold (2003)
para determinar RV e AV para os aglomerados globulares, utilizando estrelas pertencentes ao
mesmo, deixando, assim, de utilizar o valor médio de RV para determinar a distância absoluta
dos aglomerados.
Além disso, a maioria dos estudos de fotometria de aglomerados globulares tem sido
feita usando somente uma cor. Nosso objetivo é estudar a evolução estelar consistentemente,
com tantas cores quanto possíveis considerando todos os fatores de incerteza na determinação
da metalicidade,avermelhamento, distância e idade, através do método de ajuste de isócronas.
Para estimar a idade por outros métodos, também incluímos o estudo da cristalização
de anãs brancas com da liberação de calor latente através da sequência de esfriamento
aglomerado globular M4, utilizando tabela fotométrica dos dados de Bedin et al. (2009)
obtidos com o HST/ACS nas bandas fotométricas F606W e F775W. O modelos de função de
luminosidade das anãs brancas foram recalculados utilizando o diagrama de fases de
Horowitz, Schneider & Berry (2010), obtendo que a cristalização, com liberação de calor
latente acontece, e que o melhor ajuste é obtido com modelos de função de luminosidade
calculados para uma mistura de carbono e oxigênio, como esperado pelos modelos
evolucionários dentro do limite da incerteza da taxa da reação de C(α,γ)O.
Estudaremos também, a fotometria dos dados UBV do aglomerado NGC 6366 obtidos
com o telescópio SOAR em 2009 e 2010, bem como os primeiros ajustes de isócronas. E,
também as imagens, do arquivo público, obtidas com o HST/WFPC2 nas bandas F170W,
F255W, F336W e F555W de 31 aglomerados globulares nos quais estamos trabalhando.